A fratura da diafíse do úmero é a que acomete o terço médio do braço (se dividirmos o braço em 3 partes, é a parte central). Atinge pacientes de todas idades, e é relacionada a traumas de baixa e alta intensidade, dependendo da idade  e qualidade óssea do paciente.

Casos de fraturas alinhadas, pacientes com baixa demanda e outras comorbidades que impeçam ou atrapalhem procedimento, se beneficiam do tratamento conservador, que é realizado com o uso de uma imobilização confeccionada pelo especialista chamada "pinça de confeiteiro",  por aproximadamente duas semanas, seguido de brace sintética ( sob medida em lojas ortopédicas) por 60 dias.  No periodo de uso do brace, exercícios do cotovelo são iniciados e a movimentação dessa articulação é livre, facilitando o uso deste imobilizador.

Fraturas desviadas, complexas, decorrentes de traumas graves, em pacientes jovens, ativos e atletas, são melhor tratadas com cirurgia, pois a mobilização precoce preserva a amplitude de movimento e musculatura prévia ao trauma.

O tratamento cirúrgico é individualizado, principalmente levando em conta a característica da fratura. Minha prefêrencia é por técnica minimamente invasiva, na qual realizamos pequenas incisões ( em torno de 3 cm,) na região proximal e distal do braço, e utilizamos placa e parafusos para fixação, após alinhamento satisfatório da fratura confirmado por fluoroscopia (exame de imagem utilizado no centro cirúrgico) . Outras opções incluem o uso de haste intramedular (dispositivo que fica dentro do osso e é bloqueado por parafusos),  e placas colocadas por visualização direta, com incisão maior e visualização da fratura.